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Compra por impulso e FOMO: saiba o que impulsiona o comportamento do consumidor online na América Latina

Marcas devem analisar suas estratégias na região e considerar as diferenças culturais de cada país

Quase três quartos (70,8%) dos consumidores latino-americanos fazem compras usando plataformas de mídia social pelo menos uma vez por mês, com pouco menos de um quarto (22,9%) fazendo compras pelo menos uma vez por semana, de acordo com uma nova pesquisa realizada pela agência de relações públicas LatAm Intersect PR com operações em toda a América Latina.

Com a capacidade de comparar os consumidores por país, o estudo esclarece as diferenças entre os mercados latino-americanos, oferecendo insights sobre os hábitos de consumo que revelam o quão diverso e multifacetado este continente de mais de 600 milhões de pessoas realmente é. Por exemplo, enquanto quase um terço (28,9%) dos brasileiros admite fazer compras pelas mídias sociais sempre, cai para pouco menos de um quinto (18,3% ) entre os argentinos que dizem consumir pelo menos uma vez por semana, nas mídias sociais. 

Este é um tema recorrente, que os latino-americanos são uma população diversificada e que sua diversidade se reflete em seus diferentes hábitos e atitudes de consumo, especialmente quando se trata de mídia social. Por exemplo, a Argentina tem a maior proporção de entrevistados que sempre sentem ansiedade nas mídias sociais pelo menos uma vez por semana (22,6%) e, ao mesmo tempo, tem a maior proporção de entrevistados que nunca fizeram uma compra por impulso por causa de algo que viram nas redes sociais (27,2%). Isso sugere que os argentinos são particularmente cautelosos, até avessos aos aspectos mais viciantes e manipuladores das mídias sociais.

Os países que sentem menos ansiedade online

No México, quase metade (47,8%) de todos os entrevistados diz que nunca sente ansiedade quando está online; e no Brasil, pouco mais de um terço (33,4%) deram a mesma resposta, muito similar à Colômbia com 35,6%. São também os dois países com os consumidores mais impulsivos: quase um quinto (19,3%) dos brasileiros e pouco mais de um décimo (13,3%) dos mexicanos admite que sempre fazem compras impulsivas pelas redes sociais, pelo menos uma vez por semana.

Os compradores online mais expressivos também são os brasileiros, com outro terço (32,5%) dos consumidores brasileiros dizendo que usam as mídias sociais para reclamar ou elogiar uma experiência de compra online pelo menos uma vez por semana, em comparação com menos de um quinto (17,2%) ou consumidores peruanos. Quase um quarto (24,6%) dos mexicanos dizem que nunca se envolvem em tal feedback do consumidor on-line via mídia social, em comparação com apenas um em cada dez (11,2%) dos brasileiros.

Poder dos Influenciadores

Quando se trata de influenciadores, também existem níveis muito variados de engajamento entre diferentes nacionalidades. Metade de todos os chilenos (50,5%) e pouco menos da metade de todos os argentinos (48,8%) nunca compraram nada por recomendação de um influenciador, assim como quase metade dos colombianos (41,3%), em comparação com pouco mais de um quarto (26,8%) dos brasileiros.

Mais de dois terços (68,7%) dos brasileiros concordam com a afirmação “Escolhi os influenciadores que sigo e acredito muito em tudo o que recomendam” em comparação com 56,1% dos argentinos. Os brasileiros também são os consumidores mais propensos a dizer que “nunca ficaram desapontados” com a recomendação de um influenciador, com mais de um terço (38,8%) concordando com essa afirmação, em comparação com pouco menos de um quarto (23%) dos chilenos.

“Nossa pesquisa mostra que o comportamento do consumidor na América Latina varia significativamente entre os países. Os consumidores mexicanos e brasileiros parecem estar mais relaxados sobre o uso das mídias sociais e isso tende a corresponder a um comportamento mais impulsivo do consumidor, bem como a um maior envolvimento e confiança dos influenciadores online. Por outro lado, chilenos e argentinos parecem ter mais cautela e tendem a se envolver menos com os aspectos mais espontâneos das mídias sociais.” conclui Lívia Gammardella, Coordenadora de Planejamento e Estratégia Digital da LatAm Intersect PR.

O estudo foi realizado pela equipe de inteligência da LatAm Intersect PR entre 23 e 29 de março de 2022. Eles realizaram 1.800 entrevistas em seis países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. O objetivo da pesquisa é oferecer uma noção real de como os consumidores latino-americanos incorporam as plataformas de mídia social em seus padrões de consumo.

O levantamento também quis aprofundar o conhecimento sobre o perfil qualitativo desse novo comportamento do consumidor, examinando tendências como ansiedade, sua confiança nas plataformas online, FOMO (Fear of Missing Out – medo de perder oportunidades para a sigla em inglês) e se as plataformas de mídia social incentivam o aumento da impulsividade em nossos hábitos de compra. 

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